O lançamento recente do programa de incentivo à modernização da indústria e à troca de máquinas pelo governo federal surge como uma resposta crucial a um desafio há muito enfrentado pelo setor industrial brasileiro: a defasagem tecnológica e a idade média avançada do parque fabril nacional.
Segundo dados recentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a idade média das máquinas e equipamentos nas instalações industriais brasileiras é de aproximadamente 14 anos. Esse cenário, por si só, evidencia a urgência de um processo de renovação e modernização para aumentar a eficiência produtiva e energética do setor.

O programa, fundamentado em uma proposta de depreciação “superacelerada” para máquinas e equipamentos industriais, visa estimular os investimentos nesse segmento, promovendo a modernização do parque fabril brasileiro. A iniciativa representa uma oportunidade única para os setores econômicos nacionais investirem em equipamentos mais modernos e eficientes, impulsionando a competitividade das empresas no mercado global.
A obsolescência das máquinas e equipamentos industriais não apenas compromete a eficiência energética, mas também reduz a capacidade produtiva das empresas, tornando-as menos competitivas internacionalmente. Em contrapartida, a modernização do parque fabril não apenas aumenta a produção e a eficiência, mas também promove a sustentabilidade ambiental.
Um dos aspectos mais significativos desse programa de incentivo é a antecipação de receita para as empresas, por meio de um mecanismo de depreciação acelerada. Essa medida permite que as empresas deduzam o valor dos investimentos em máquinas e equipamentos das declarações futuras de imposto de renda e contribuição social, proporcionando um aumento no fluxo de caixa e estimulando a formação bruta de capital fixo.
Com um investimento inicial previsto de R$ 3,4 bilhões entre 2024 e 2025, o programa demonstra um compromisso sólido do governo em promover a modernização do parque fabril brasileiro. E embora os setores específicos a serem beneficiados ainda estejam em discussão, é certo que a indústria de transformação será contemplada, impulsionando ainda mais o crescimento econômico e os investimentos no país.
Além disso, a expectativa de um investimento adicional de R$ 20 bilhões, conforme previsto pelo Bradesco BBI, ressalta o potencial transformador desse programa de incentivo. Por meio da modernização do parque fabril e da promoção da transformação digital, o governo visa não apenas aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira, mas também impulsionar o crescimento econômico de forma sustentável.
Nesse contexto, é fundamental que as empresas do setor estejam atentas às oportunidades oferecidas pelo programa de incentivo à modernização da indústria, aproveitando esse momento para investir em equipamentos mais eficientes e sustentáveis, preparando-se para os desafios e oportunidades do mercado global.
Fonte: Avoz da Indústria